Silvia Gandelman
Silvia Gandelman apresentou aos presentes um pouco da história da Casa de Montezuma, que tem 182 anos. “Difere da Ordem, que regulamenta a profissão, o Instituto tem a função de ajudar nas decisões legislativas. E nós trabalhamos através de comissões que estudam as principais questões jurídicas do País e apresentam sugestões”, explicou a advogada.
O encontro foi capitaneado pelo New Economy Legal Infrastructure (Infraestrutura Legal da Nova Economia, em português), conhecido como NeLi, uma plataforma sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, responsável por desenvolver a infraestrutura jurídica e econômica do Brics+, que conta hoje com 11 países membros e outros nove parceiros.
Para Alan Gandelman, CEO da Sefer Investimentos e co-chairman do NeLi para a América Latina, a conjuntura internacional atual permite ao bloco buscar um espaço inédito na economia mundial. “O Brics deixou de ser só um grupo de países para virar um movimento que está mudando a cara da economia global. Este encontro em São Paulo é a prova de que não basta discurso, é hora de tirar do papel as mudanças que vão realmente destravar investimentos e acelerar o desenvolvimento,” afirmou ele.
Participantes do encontro discutiram a viabilidade de alternativas ao dólar como única moeda a pautar as trocas globais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido a criação de novos métodos de pagamento entre os países do Brics para libertar-se da dependência de mecanismos como o SWIFT, que são hegemônicos atualmente.
O presidente da Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo, Gilberto Ramos, citou um estudo de uma consultoria russa que aponta uma economia de até US$ sa30 bilhões por ano, para os países do Sul Global, com uma eventual modernização dos sistemas de pagamento.
“Em agosto de 2023, houve um sinal emblemático emitido pela Arábia Saudita, quando começou a vender petróleo para a China, recebendo em yuans [a moeda chinesa]. O processo começou a engrenar até chegar a esse momento, onde o Brasil está sendo atacado de uma forma desleal e desonesta pelos Estados Unidos”, afirmou Ramos em referência à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de implementar tarifa de 50% para os produtos brasileiros.
(Com informações do site ConJur.)